Empresa fala na Câmara sobre descontaminação de lagoa na INB 11/12/2013

Jornal Mantiqueira: Link da notícia (retirado)

(Lucienne Cunha – 11 Dezembro 2013)

 

Poços de Caldas, MG – Atendendo a um convite da vereadora Maria José Scassiotti (PSDB), esti­veram ontem na Câmara o engenheiro químico da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) Maurício Ri­beiro e o proprietário da empresa Brasil Ozônio Samy Menasce para falar do tratamento que está sendo utilizado na lagoa da INB, que poderá devolver quase toda a água limpa para a natureza, conforme artigo da Revista Época/Negócios, de setembro de 2013.

Menasce explicou que há dois anos a INB busca uma nova tecnologia para dar uma solução para o passivo ambiental em área localizada no Planalto de Poços onde já foi utilizada na exploração de urânio.

Dentro desse contexto ele explicou que trata-se de uma tecnologia simples e barata. O trabalho deve co­meçar em três meses e essa etapa está em fase de mon­tagem dos equipamentos. “A nossa matéria-prima é o ar e nosso resíduo é o oxigênio, em termos de tecnologia é o único sis­tema de tratamento 100% ambientalmente correto, porque não é usado ne­nhum produto químico. O nosso ambiente tem 21% de oxigênio e partir desse oxigênio geramos o ozônio que é considerado o mais potente germicida”, relata.

O proprietário da Brasil Ozônio salienta que esse processo é comprovada­mente eficiente o que pos­sibilitará a descontamina­ção da lagoa instalada na sede da INB em Caldas. “Toda extração gera um passivo ambiental, nesse caso vamos descontaminar essa área, mas a nossa fun­ção é criar um processo que vai evitar passivos futuros, tratando a água quando estiver acontecendo a mi­neração”, coloca.

Menasce explicou que o projeto foi aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com recursos a fundo perdido num custo de cerca de R$ 9.600 milhões.

O engenheiro químico da INB Maurício Ribeiro ressaltou que serão utilizadas um série de tecnologias para descontaminação da área. Segundo ele, serão três etapas para acabar com o passivo ambiental na área e não gerar mais.

“São projetos integrados com novas tecnologias que tem como objetivo não gerar mais o passivo ambiental que temos lá hoje. Primeiramente vamos fazer o tratamento de descontaminação da água, retirando o urânio através de troca iônica, depois a nanofiltração que concentra os metais pesados num volume menor e a terceira a captação do ozônio”, descreve.

Ribeiro relata que hoje o local não tem sustentabilidade e a intenção é aproveitar economicamente o que for retirado da água como urânio, terras raras e manganês para no futuro avaliar o destino que será dado à área.